A importância da atividade física na infância

Por Ana Célia Osso

A atividade física sempre foi primordial na vida de qualquer criança, principalmente nos dias de hoje, em que o mundo está digitalizado e elas passam muitas horas sentadas na frente das telas. O mundo atual retirou a oportunidade de elas fazerem o básico: correr, subir em árvores, brincar de pega-pega, pular corda, elástico, amarelinha…

Até os dez anos de idade a preocupação deverá ser com o desenvolvimento motor geral da criança, com atividades diversas que vão proporcionar o aprendizado de inúmeras habilidades esportivas, capacidades coordenativas e habilidades fundamentais. Não podemos esquecer que, além de mexer o corpo, essas atividades desenvolvem os fatores psicossociais e cognitivos e as habilidades para a vida, principalmente se forem realizadas em grupo.

Os pais sempre perguntam: em qual esporte devo colocar o meu/minha filho(a)? Até os dez anos ele/ela deve frequentar uma escola de esportes que proporcione o desenvolvimento motor geral e que apresente o maior número de esportes possível para que depois escolha qual caminho seguir.  Esse período é ideal para o aumento do acervo motor que contribuirá para a melhora do desempenho esportivo na modalidade escolhida. 

No Clube, esse trabalho é oferecido pelo CAD – Centro de Aprendizado Desportivo, que, até os seis anos da criança, trabalha o desenvolvimento motor geral. Dos sete aos dez anos, as crianças conhecem dezesseis esportes diferentes. A Natação nesse período deve ser incluída, pois é uma questão de sobrevivência: os pais precisam estar tranquilos quando estão em um ambiente em que existe uma piscina. 

Muito importante lembrar que nessa fase a ludicidade é primordial para a criança aprender e explorar diversos tipos de movimento — é através de diferentes brincadeiras e jogos que elas assimilam melhor o que está sendo ensinado. Não devemos reproduzir para a criança o que o adulto faz no esporte.

Além disso, os pais devem estimular as crianças a andar de bicicleta, jogar bola, correr, saltar, aproveitar o Parquinho do Clube, que tem tantas coisas legais, e não esquecer de deixar um dia livre para que a criança possa brincar do que ela quiser, pois desenvolver a criatividade também faz parte do desenvolvimento.

Não podemos esquecer que, assim como nós, a criança deve fazer esporte com prazer e não por obrigação!

Ana Célia Osso é professora de educação física, especialista em recreação e lazer e supervisora do CAD, com 30 anos de ECP.

FOTO: JOÃO RAPOSO