A nossa medalha

Há exatos 84 anos, Juan Sandoval, hoje com 92 anos, deixava a cidade de Cochabamba, na Bolívia, para morar em São Paulo. Aos 25 anos, associou-se ao Esporte Clube Pinheiros e se apaixonou pelo Tênis. Fez história nos torneios disputados no Clube, casou-se e deixou uma herdeira para as quadras. Daí surgiu uma influência que carrega uma família inteira: a filha, Ana Cláudia Ferraz Sandoval Carvalho, ao seguir os passos do pai, despertou os três filhos, Luís Felipe, João Vitor e Pedro Henrique, dando sequência à dinastia Sandoval.

O Tênis está no DNA da família Sandoval. Juan, que não perde os jogos dos netos, ainda gosta de bater uma bola, e o mesmo acontece com a filha Ana Cláudia. “O Tênis faz parte da nossa família”, lembra a mãe Ana Cláudia, orgulhosa da performance dos filhos e do incentivo que recebeu do pai e transferiu aos filhos.

Os três irmãos falam com orgulho do valor do Tênis na família, desde as viagens nos torneios até as conversas durante almoços e jantares. Foi e continua sendo o momento entre eles.  Além do avô Juan e da mãe Ana Cláudia, o pai do trio Sandoval, Renato Luz Carvalho, também pratica Tênis.

Luís Felipe, o mais velho, de 19 anos, e primeiro a conquistar ponto para a ATP – Associação dos Tenistas Profissionais, conta de seu início e da alegria de proporcionar os momentos marcantes ao ganhar torneios e pontos importantes. “O Tênis faz parte de quase toda minha vida. Desde pequeno, quando vinha para o Clube e pegava a raquete emprestada do meu avô ou da minha mãe e ia para o paredão. Era melhor ainda quando ele conseguia bater bola comigo. Esses momentos eram muito legais.”

João Vitor, de 17 anos, não tem uma história diferente do irmão mais velho. “Lembro que tinha quatro anos e vinha ao Clube ver minha mãe e meu avô jogarem. Logo o esporte me despertou e, vendo meu irmão Luís Felipe na escolinha, entrei também. Daí para frente a diversão maior era pegar a raquete emprestada, ir para o paredão bater bola. Logo depois comecei a competir e não parei mais.”

Pedro Henrique, o mais novo, de 16 anos, conta dos momentos da família viajando para torneios. “Lembro quando fui jogar em Caxias do Sul, em um Banana Bowl. Foi meu primeiro torneio fora de São Paulo. Joguei bem, ganhei e, vendo todos da família assistindo, foi algo que ficou na memória.”

João Vitor adianta ainda que o “Tênis uniu ainda mais nossa família. E temos com maior referência meu avô e meus pais. Eles deram os melhores exemplos para seguirmos no Tênis. Ir com todos aos torneios é muito bom”, finaliza.

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