As marchinhas e o Carnaval no ClubeAs marchinhas e o Carnaval no Clube

As marchinhas e o Carnaval no Clube

Relembre as músicas que animaram os primeiros bailes carnavalescos brasileiros e pinheirenses

29/01/2021 29/01/21

O Carnaval é a maior festa do País e no ECP é um dos eventos mais tradicionais. Mas, devido à pandemia do coronavírus, a Prefeitura de São Paulo decidiu adiar o feriado, que seria no dia 16 deste mês, e a nova data ainda não foi definida. 

Para não deixar essa tradição passar em branco, resgatamos um pouco da história carnavalesca do Clube e as marchinhas que marcaram várias gerações de associados.

Antes da inauguração do Salão de Festas, em 1957, o Clube festejou o Carnaval em diversos salões da cidade, como um salão no Largo do Paissandu, Club Homs e Esplanada Hotel. Depois, os associados passaram a pular nos bailes e matinês no atual Salão de Festas e, mais recentemente, no Carnaval de rua pré-carnavalesco da Pholia na Faria e do Pholia dos Clubes.

Se os locais e maneiras de festejar passaram por muitas mudanças, algo que acompanhou gerações de foliões foram as marchinhas. No mesmo ano da fundação do Germania, 1899, uma mulher compôs a primeira marcha de Carnaval feita para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro, intitulada “Ó Abre Alas”. Tratava-se de Chiquinha Gonzaga, que, além de reconhecida por suas composições, foi a primeira pianista chorona (musicista de choro) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil.

As marchinhas predominaram na folia brasileira dos anos 1920 aos anos 1960, quando começaram a ganhar destaque os sambas-enredo, mas não deixaram de fazer sucesso nos bailes de Carnaval até hoje.

Antes da chegada da televisão, as pessoas se reuniam em torno do aparelho de rádio, já que desde dezembro as marchinhas do próximo Carnaval começavam a ser divulgadas. Quando a festa chegava, as letras das músicas já estavam na ponta da língua.

As marchinhas já foram conhecidas como caricaturas da sociedade brasileira, com suas letras maliciosas, de humor escrachado e nem sempre politicamente correto.

O Carnaval de rua, dos blocos, resgatado nos últimos anos, principalmente no Rio de Janeiro, continua incentivando a composição de marchinhas, uma forma leve e bem-humorada de comentar costumes, personagens e acontecimentos do dia a dia, do Brasil e do mundo.

Entre compositores que se destacaram no gênero estão Braguinha, Lamartine Babo, João Roberto Kelly, Roberto Roberti, Manoel Ferreira, Ruth Amaral, Haroldo Lobo e muitos outros.

Monte sua playlist

1. 1899 – “Ó Abre Alas”

2. 1934 – “As pastorinhas”

3. 1934 – “Cidade maravilhosa”

4. 1936 – “Ô Balancê”

5. 1938 – “A jardineira”

6. 1939 – “Mamãe eu quero”

7. 1940 – “Allah-la-ô”

8. 1941 – “Aurora”

9. 1946 – “Pirata da perna de pau”

10. 1948 – “Chiquita Bacana”

11. 1953 – “Cachaça”

12. 1954 – “Saca-rolha”

13. 1956 – “Turma do funil”

14. 1959 – “Me dá um dinheiro aí”

15. 1967 – “Máscara Negra”

16. 1970 – “Bandeira Branca”

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