Este mês, o ECP inicia uma série de reportagens contando histórias de atletas associados que começaram a praticar esporte na infância e atingiram o alto rendimento. A primeira esportista pinheirense a ter sua trajetória contada nas páginas da Revista Pinheiros é Gabriella Mendes, conhecida como Bidy, que defende as cores do ECP no Handebol. Confira.
Capitã e referência no Handebol: conheça a trajetória de Gabriella Mendes, atleta associada do Clube que chegou ao alto rendimento
Aos 27 anos, Gabriella Mendes já possui no currículo o que muitos atletas sonham em conquistar durante toda a carreira: títulos estaduais, nacionais e continentais, além de ter representado a seleção brasileira nas categorias de base. Mas, por trás das conquistas, há uma trajetória marcada principalmente pela disciplina, paixão e dedicação pelo Handebol.
De família pinheirense, com avós, tias e pais associados, Bidy, como prefere ser chamada, frequenta o Clube desde muito cedo, e o fato de morar perto do Pinheiros motivou a inserção aos esportes. A jogadora teve sua iniciação esportiva através do CAD (Centro de Aprendizado Desportivo). O primeiro esporte praticado por Gabriella foi a Natação. Saber nadar era prioridade para seus pais.
Aos nove anos, entrou para o Handebol. Antes, foi poliesportiva: Boxe, Karatê, Yoga e Futebol, entre outros, fizeram parte das modalidades praticadas. Gabriella, inclusive, trocou o Futebol para se dedicar exclusivamente ao Handebol.
“Na época, havia mais meninas jogando Handebol e isso me motivou. Também havia mais competições e, por isso, optei por seguir no hand”, contou Gabriella.
Com o passar dos anos, Bidy foi crescendo e avançando de categoria e o esporte foi moldando sua personalidade, que desde muito cedo apresentava características de liderança. Por isso, o papel dos treinadores também foi muito importante nessa caminhada. “Fui uma criança bem difícil, e o esporte coletivo me ajudou a melhorar. Sempre tive um instinto muito grande de liderança e não sabia explorar isso muito bem. O Ronaldo e a Carla (meus treinadores) foram os principais responsáveis pela minha evolução quando criança, e depois disso, comecei a ser capitã de todas as equipes de que participei. Hoje sou também a capitã da equipe adulta”, detalhou Bidy.
A liderança dentro de quadra, somada à qualidade técnica, fez de Bidy uma das referências e principais jogadoras do Pinheiros, algo que chamou a atenção também da comissão técnica da seleção brasileira. Não demorou muito e a atleta foi convocada para compor o elenco que disputou os Jogos Pan-Americano e também o Mundial Sub-18.
Paralelamente à convocação para a seleção e com a “vida adulta” batendo à porta, a responsabilidade fora das quatro linhas da quadra também foi aumentando. Bidy decidiu entrar para a faculdade dentre os vestibulares prestados, a jogadora passou no curso de Publicidade na faculdade Mackenzie e, por ser atleta, conseguiu uma bolsa de 70% de desconto. “Sempre falaram que eu era muito comunicativa e já tinha experiência dentro do esporte, então decidi seguir a área da comunicação”, disse, antes de falar sobre como seria conciliar a vida de estudante e jogadora. “Foi um momento importante, e não tive de parar de jogar Handebol ou ter que escolher entre um ou outro. Consegui conciliar os dois”, contou.
E assim como qualquer pessoa que quer seguir a vida como atleta, Bidy também passou por um momento de dificuldade. Em 2017, uma grave torção no joelho direito a afastou das quadras para operar o ligamento cruzado anterior. No retorno, teve que operar o outro joelho e, assim, ficou afastada de fazer o que mais gosta por dois anos.
A vida seguiu fora das quadras. Em 2019, Bidy já estava trabalhando na área de publicidade e concluindo a faculdade, período em que também se recuperou das lesões. E, apesar de todas as adversidades, seguiu jogando Handebol. “Se eu fosse realmente parar a carreira seria em 2019. Foi um ano bem difícil, mas o Handebol me motivou muito a seguir minha rotina. Se eu passei daquele ano, tinha certeza de que os próximos seriam mais tranquilos”, desabafou. Dentro de quadra, a jogadora foi promovida ao time adulto, já que não tinha mais idade para as equipes de base. Naquele mesmo ano, o Pinheiros foi campeão da Liga Nacional de Handebol.
Mas foi no ano de 2022 que Bidy realmente foi campeã, sentindo-se parte do Clube. Como titular, a jogadora conduziu a equipe para mais uma conquista da Liga Nacional. Em 2023, foi campeã do Super Paulistão, Liga Nacional e também do Sul-Centro Americano, a Libertadores do Handebol, disputada no Clube, que, para ela, é o título mais importante da carreira até aqui. “Foi a primeira vez que joguei uma final com a minha família assistindo, e foi um campeonato muito importante, sediado dentro do Clube”, contou, orgulhosa.
Atualmente, Bidy concilia a vida de publicitária, trabalhando das 8h às 18h, e a de atleta, treinando logo na sequência, até às 21h. Para manter a rotina e desempenhar dentro de quadra, a jogadora recebe um suporte completo do Clube. “O Pinheiros está cheio de profissionais supercompetentes, com uma estrutura de acompanhamento em todas as frentes, desde médica, fisioterapêutica, psicológica, nutritiva e na preparação física”, contou.
E para o associado que deseja chegar ao alto rendimento, Bidy manda um recado. “Nós que estamos aqui desde as categorias de base e vemos um atleta que vem de fora, não temos ideia do que isso realmente significa e o que representa para ele. O associado que quer chegar ao alto rendimento precisa ter um grande comprometimento. Não podemos cair no comodismo. É preciso ter comprometimento consigo mesmo e com o esporte”, finalizou.
Bidy no início da carreira esportiva
Fotos: Arquivo pessoal
FOTO CAPA: RICARDO BUFOLIN/ECP
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