A campanha com a quadrivalente, que acontece no Pinheiros nos sábados 6 e 20 de abril, terá desconto e cobertura mais ampla do que a disponível na rede pública
A vacinação contra a gripe acontece no Pinheiros no momento certo. Com a chegada do outono, é comum o aumento de casos de doenças respiratórias. É a hora de disponibilizar a vacina, que evita problemas mais graves.
“Com a vacina, mesmo que a gente não consiga matar o vírus, se tiver alguma manifestação, vai ser leve”, afirma Paulo Sérgio Martino Zogaib, coordenador do Departamento Médico do Pinheiros.
A campanha de vacinação no Clube, em parceria com o laboratório Alta Diagnósticos, vai ocorrer em dois sábados — dias 6 e 20 de abril, das 9h às 16h — no Jardim de Infância Tia Lucy.
A vacina a ser aplicada no Pinheiros — a quadrivalente, com duas cepas de Influenza A e duas de Influenza B — tem cobertura maior do que a trivalente da rede pública.
Serão disponibilizadas cerca de 1.200 doses, quantidade suficiente, levando-se em conta a média de associados que se vacinaram no Clube nos anos anteriores.
Vacinando-se no Pinheiros, além da comodidade, o associado terá um desconto. Cada dose custará R$ 68, em comparação aos R$ 98 cobrados nas aplicações no laboratório.
Trata-se de uma dose única, salvo para as crianças de 6 meses a 9 anos nunca vacinadas, que devem receber duas doses com intervalo de um mês. A vacina estará disponível para todas as faixas etárias.
Zogaib explica que o imunizante treina o sistema imunológico para reconhecer as proteínas do vírus e, quando acontecer uma infecção de verdade, produzir anticorpos e células protetoras. “As vacinas imitam o vírus e nos estimulam a reagir”, diz. “Quando a pessoa vacinada entrar em contato com o vírus, seu sistema imunológico estará preparado, e a resposta será mais eficiente.”
Como o vírus da gripe costuma sofrer mutações, há necessidade de renovação da vacina a cada ano. “Como todos os hospedeiros já têm algum nível de defesa, o vírus muda suas características para driblar o sistema imunológico. E isso demanda uma vacinação mais frequente”, diz Zogaib.
O imunizante deste ano foi produzido a partir de quatro cepas que se tornaram predominantes nos últimos meses: Influenza A/Victoria/4897/2022 (H1N1) pdm09; Influenza A/Thailand/8/2022 (H3N2); Influenza B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria) e Influenza B/Phuket/3073/2013 (B/linhagem Yamagata).
As possíveis reações da vacina são moderadas, como calafrios e cansaço. Nada que justifique não tomar a vacina.
Zogaib contextualiza a importância da vacinação no País. “O Brasil sempre foi referência nessa área”, diz. “Erradicamos doenças como a varíola e a poliomielite com campanhas de vacinação.” Mas ele alerta: “Quando a gente para de vacinar, a doença acaba voltando, como aconteceu com o sarampo”. Para ele, a flexibilização da cobertura vacinal que ocorreu nos últimos anos foi muito prejudicial para a saúde dos brasileiros.
Todos, então, devem se vacinar?
Sim, mas não necessariamente no mesmo momento. Quem estiver com sintomas leves de gripe pode tomar a vacina, mas quem se sentir debilitado deve aguardar a melhora antes de se imunizar. Na dúvida, o ideal é consultar um médico.
“O Brasil sempre foi referência nessa área. Erradicamos doenças como a varíola e a poliomielite com campanhas de vacinação.
Paulo Sérgio Martino Zogaib
FOTO: Gabriella Garbim