Meu coração bate feliz

Meu coração bate feliz

30/04/2024 30/04/24

Com repertório de clássicos do cancioneiro popular do Brasil e de outros países, como “Carinhoso” e “Besame mucho”, Betth Ripolli anima o Sarau do Pinheiros desde 2021

Sábado sim, sábado não, o coração de muitos pinheirenses bate tão feliz quanto o do personagem enamorado concebido por João de Barro, que fez a letra de “Carinhoso”, a clássica canção de Pixinguinha que Betth Ripolli tocou ao piano no Sarau do Pinheiros, em 13 de abril, o primeiro “sábado sim” do mês.

O sarau acontece no lounge da Sede Social desde 2021. “Na primeira vez, meio que puxei as pessoas para cantar, e percebi o quanto elas se empolgaram”, diz Betth. “Na semana seguinte, levei impressas as letras das vinte músicas. E gente que jamais se imaginou cantando pôde cantar coisas lindas, tipo ‘Como Uma Onda’, do Lulu Santos.”

O público era inicialmente formado por pessoas da chamada terceira idade. Mas, com o tempo, foi ficando mais diversificado. Começaram a aparecer mães com crianças de colo e pessoas mais jovens. 

A animação corre solta. Contidos nos primeiros saraus, os participantes foram se soltando e hoje aguardam ansiosos a hora de cantar ou dançar. “Nas três últimas canções, faço todo mundo levantar, e eles dançam”, conta Betth. “Uma certa hora falo assim: ‘Olha para o seu lado e cumprimenta quem está lá. Se conhecer, ótimo; se não, diga: ‘.”Muito prazer’.” A integração é total.

Os saraus costumam ser temáticos, com músicas escolhidas de acordo com motes como “Volta ao Mundo”, “Bossa, Blues e Baião” ou “Ícones da Canção Popular Brasileira”.

A edição mais recente foi a 72a e, por coincidência, celebrou o 72o aniversário da artista, escritora, palestrante, apresentadora de TV e empresária. Betth levou um doce para cada convidado e apresentou um repertório baseado em escolhas afetivas, como “El día que me quieras”, “I can’t stop loving you”, “Eu sei que vou te amar” e “Como é grande o meu amor por você”.

Cerca de cem pessoas aparecem no sarau a cada edição, um movimento fomentado pela artista em uma lista com centenas de contatos. “Não é só o pessoal do sarau”, diz. “Tem também gente de outras tribos: a turma do Tênis, da piscina, do snooker.”

Neste primeiro semestre, haverá também apresentações no formato duo, com um músico convidado. Vai ser assim no dia 11 de maio, em uma edição especial de Dia das Mães do Sarau.

Betth é associada do Pinheiros há nove anos. Costuma frequentar o Clube cinco vezes por semana. Faz pilates, alongamento e Natação. “Para ter 72 anos com carinha de 71”, diverte-se. Também é frequentadora dos shows do Clube. “O Pinheiros é uma extensão da minha casa.”

Mesmo com milhares de shows na carreira, a artista considera o público do sarau o mais afetuoso que já cultivou. “Tem pessoas que chegam pra mim e falam: ‘Olha, eu tomava remédio para depressão, parei de tomar depois de passar a frequentar o sarau’. É uma coisa maravilhosa, sou muito grata.”

FOTO: Gabriella Garbim

Palavra de Especialista

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