No dia 12 de outubro, quando se comemora no Brasil o Dia das Crianças e do surgimento de Nossa Senhora Aparecida, o ECP viveu um dos mais agitados períodos da sua história. Recebeu os medalhistas olímpicos Alison dos Santos, o Piu, e fez um encontro com Fernando Meligeni (Tênis), e o também medalhista olímpico Manoel dos Santos, o Maneco, medalha de bronze na Olimpíada de Roma, em 1960.
Piu, da chegada até a hora de partir para a cidade natal, São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, foi sensacional durante todo o dia. Acompanhado da namorada Martina Weil Restrepo, chilena, que também é atleta dos 400 metros, atendeu os pedidos de autógrafos e fotos sempre com uma simpatia ímpar.
“Só saí do treinamento aqui no Pinheiros por uma necessidade logística. Morando nos Estados Unidos, além de participar de muitas competições, fica mais fácil de viajar para o resto do mundo. Mas tenho uma enorme saudade dos tempos em que treinei aqui na Pista do Clube”, lembrou.
Aos 24 anos, com uma vida profissional ainda pela frente, Piu confessa que chega de bronze — ganhou em Tóquio e Paris. “Vou me preparar bem durante todo o ciclo e chegar em Los Angeles voando”, adiantou. Antes, porém, tem muitas outras grandes competições pela frente. “O Grand Slam, a Diamond League e o Campeonato Mundial são as principais, mas, agora é relaxar para voltar com a cabeça nas pistas”, comenta.
No final do dia, Alison dos Santos gravou o podcast ECP na Rede, com apresentação de Eduardo Vianna e Juarez Araújo. E se divertiu ainda mais, revelando como surgiu o apelido de Piu, a rivalidade olímpica e de outras competições dos 400m com barreiras. Até a próxima vez, Piu!
Depois de passear pela Pista de Atletismo e conversar com o head coach do Atletismo, Clodoaldo Lopes, o paratleta fez uma visita animada ao presidente da Diretoria, Carlinhos Brazolin. Prometeu que, em dezembro, retornaria a São Paulo para participar da festa de fim de ano do Futebol Menor do Clube, com milhares de associados. “Vou me preparar para jogar com a criançada”, brincou.
Sobre o próximo ciclo olímpico, Petrúcio está convicto de que será ainda melhor. “Estou animado, motivado e muito a fim de iniciar uma preparação pensando em Los Angeles. É lógico que, antes, tem muitas competições importantes pela frente. Quero chegar bem em Los Angeles, inclusive vou treinar para competir também nos 400 metros. Quem sabe vem outra medalha?”, comentou o campeão.
Petrúcio contou que o chapéu de vaqueiro nordestino virou uma marca por onde passa. “É muito legal isso. Gosto de divulgar nossas tradições nordestinas, e o chapéu de vaqueiro é tradicional no Nordeste. Tenho orgulho de ser paraibano do interior e divulgar para o mundo um pouco da nossa cultura”, disse o paraibano, natural de São José do Brejo do Cruz.
Em Los Angeles, o atleta paralímpico vai estar com 31 anos (nasceu no dia 18 de novembro de 1996). “Mais experiente, mais veloz e muito mais motivado para ganhar”, garante. Petrúcio também falou da importância de continuar treinando em João Pessoa, na Paraíba, sendo medalhista paralímpico, despertando o interesse de jovens como ele, que começou no esporte inicialmente jogando Futsal. “Eu amo meu estado. E me sinto bem treinando com meus companheiros e, sempre que posso, ajudando com material para que eles tenham o mínimo de conforto na preparação deles”, finalizou.
Para Carlinhos Brazolin, Petrúcio é um ícone do esporte paralímpico brasileiro. “É um ídolo do esporte nacional, um atleta que lutou muito para chegar ao nível dele, sendo um quase imbatível nos 100m. Estamos sempre orgulhosos de recebê-lo e vamos torcer para que ele faça o próximo ciclo olímpico com muito sucesso”.

Hugo Scott, Alison dos Santos, Fernando Meligeni, Manoel dos Santos e Carlinhos Brazolin se encontraram no ECP
FOTOS: GABRIELLA GARBIM/ECP