A partir de setembro, a rotina de Adriane Galisteu mudará radicalmente. Durante quatro meses estará por conta de A Fazenda, reality show da Record. É a quinta temporada em que a apresentadora comanda a atração. Sua função é domar as disputas e confusões dos peões e oferecer ao público um enredo que faça sentido. Dá um trabalhão. Uma temporada soma mais de 90 episódios. Mas ela garante que se diverte, apesar do desgaste. Adriane está acostumada a dar duro e superar adversidades. Trabalha desde os 9 anos e soma mais de 40 anos de uma carreira eclética, que inclui passarelas, ensaio fotográficos, novelas e mais de uma dezena de programas de TV, o meio em que se sente mais em casa. Ela enfrentou tragédias, como a morte do pai. Na época, tinha 15 anos e se viu responsável pelo sustento da família, pois já trabalhava como modelo. Anos depois, perderia o irmão, dependente químico, e o namorado, um dos maiores ídolos do esporte mundial, Ayrton Senna. Há muito os tempos turbulentos ficaram para trás: Adriane vive uma fase de plenitude ao lado do marido, o empresário Alexandre Iódice, e do filho, Vittorio, de 14 anos. Na rotina da família, que adora esporte, está o Esporte Clube Pinheiros, onde o garoto treina Futebol e Tênis. “Sempre sonhei em ser associada do Pinheiros”, admite a apresentadora. A seguir, um resumo de sua entrevista.
Pinheiros Você já esteve à frente de programas musicais, reality shows, gincanas, já atuou em novelas, peças de teatro, fez parte de conjuntos musicais, trabalhou como modelo. Em qual dessas atividades você se sente mais à vontade?
Adriane Galisteu – Sou uma comunicadora, não tenho dúvida sobre isso, é a minha alma. Então me comunico por meio dos palcos, do rádio, da televisão, das redes sociais, me comunico de todas as formas possíveis através da minha arte. O artista tem de se sentir livre e completo. Eu vejo assim. Agora, se tivesse de escolher, optaria pela atividade de apresentadora de televisão, o que exerço até hoje.
Pinheiros Em setembro, você vai comandar pela quinta vez A Fazenda. Como se prepara para apresentar o reality show? Qual é a importância do apresentador para fazer o show acontecer?
Adriane – Eu me preparo de muitas maneiras. Uma providência fundamental é organizar a agenda, porque fico cem por cento focada no programa, que é gravado fora da cidade de São Paulo. Saio de casa todos os dias, entre três e quatro horas da tarde, e volto entre duas e três da manhã. É uma rotina um tanto diferente. Mas costumo me divertir bastante, aprendo em todas as edições. O maior desafio é me manter distante da confusão dos peões, contornar as cascas de banana e contar tudo o que eles fazem. Procuro ter o olhar do telespectador, porque as estrelas do show estão lá dentro. O público reage ao que os peões fazem: se emociona, fica bravo, às vezes, chateado. O meu papel é costurar tudo isso e entregar para o público.
Pinheiros Muitas pessoas que já trabalharam no SBT se referem à relação intensa e, muitas vezes, conflituosa, que tiveram com Silvio Santos, que sempre interferiu na programação e nos programas da emissora. Como foi a sua relação com ele quando esteve à frente do programa Charme? É verdade que você apresentou Charme de pijama para protestar contra a mudança de horário do programa, que havia sido transferido para a madrugada?
Adriane – Digo sempre que sou uma profissional até chegar ao SBT e outra depois de ter passado por lá. Silvio Santos, como todo gênio, tinha um temperamento difícil. Mesmo assim, aprendi muito com ele. Trocar ideia com o Silvio era chegar com as minhas ideias e sair com as dele. E, de fato, ele sempre interferiu bastante na programação. Charme trocou dezoito vezes de horário até chegar às madrugadas. Muito se falou na época de discussões minhas com o Silvio. Nunca brigamos. Tenho até hoje uma ótima relação com o SBT e com a família Abravanel. O que tivemos foram discussões profissionais, questões do programa. Tenho a maior admiração, o maior orgulho de ter trabalhado ao lado dele, aprendi muito, entendi um jeito diferente de ser apresentadora com o Silvio Santos. É verdade que fiz um programa de pijama, até porque eu entrava no ar às duas horas da manhã. No final das contas, o Silvio amou a ideia. Quando gostava ele ligava para dizer. Tivemos uma relação bem próxima. Apesar do Silvio ser meu patrão, meu chefe, estávamos quase sempre juntos no SBT.
Pinheiros Você enfrentou duas tragédias familiares: a morte do seu pai, quando você era adolescente, e, anos depois, quando já era conhecida, a morte do seu irmão. E teve ainda a morte do Ayrton Senna, em 1994, com quem você namorava. Como esses episódios marcaram a sua vida?
Adriane – Quando a morte entra na nossa vida de forma repentina, acaba deixando tudo fora de ordem. Meu pai morreu com 54 anos, meu irmão tinha 28, e o Ayrton, 33. Tive de lidar com essas perdas, com esse sentimento que a gente não consegue explicar. Aprendi muito com cada uma dessas dores. Tinha 15 anos quando meu pai morreu. Na época, me aproximei muito da minha mãe e virei arrimo de família do dia pra noite. Eu já trabalhava e, de repente, o meu dinheiro e o meu trabalho viraram as coisas mais importantes para a família naquele momento. O meu irmão era dependente químico e ficou ainda mais difícil de lidar com essa questão com a ausência da figura masculina. Foi uma época muito dura, de dificuldade financeira, em que aprendi o valor do dinheiro, do trabalho, a importância da base familiar, do relacionamento com a minha mãe, que é intenso até hoje em função desses momentos que enfrentamos juntas. São situações que fazem a gente aterrissar os pés no chão e que moldaram a mulher que sou.
Pinheiros Você se engajou na campanha “Eu Tô no Clima”, que leva informações sobre climatério e menopausa às mulheres. Qual é o objetivo da campanha e o seu papel nela?
Adriane – A campanha tem alguns objetivos. Um dos mais importantes é desmistificar a questão da menopausa e do climatério para todo mundo e para os homens, principalmente. Os maridos, namorados e filhos precisam entender que se trata de um momento natural da mulher passar pela menopausa. Outro objetivo é levar mais informação às mulheres. Eu, por exemplo, tinha somente a informação de que a menopausa era um calorão danado e pronto. Se é assim, eu pensava, basta me abanar, ir para lugar com ar-condicionado, que está resolvido. O processo da menopausa é muito mais do que só um calorão, é claro. Tive vários sintomas, não passei bem, fui correr atrás de informação muito tarde. Gostaria que as mulheres não tivessem de passar pelo que passei. Informação é tão importante quanto o tratamento. Então, como embaixadora da campanha, um dos objetivos é disseminar informação. O outro objetivo é fazer com que o SUS ofereça em todo o Brasil o tratamento para mulheres no climatério e na menopausa, como já acontece no estado de São Paulo, onde foi a aprovada a Lei n° 18084. O tratamento oferece suplementação e reposição hormonal, que não são caros, mas cujo valor pesa no orçamento da maioria das famílias brasileiras. Informação e tratamento são fundamentais para que as mulheres toquem a vida de forma plena aos cinquenta anos ou mais.
Pinheiros Por falar em saúde, como você cuida da sua e que faz para se manter em forma?
Adriane – Mantenho a forma recorrendo a um hábito que não é segredo para ninguém: comendo a metade e correndo o dobro. Exercício físico na minha vida é tão importante quanto a alimentação. Tenho de estar plena para o meu trabalho, que exige muito fisica e psicologicamente. É muito importante dormir bem, ter a minha hora de prazer, ter o meu descanso, fazer viagens com a família e conseguir priorizar as coisas que são importantes, porque o trabalho consome a gente. Não perco a oportunidade de estar perto do meu filho, Vittorio. Ele é adolescente, está crescendo. Então tudo o que citei me ajuda a ser feliz e a me manter em forma. A forma física é o menos importante. O mais importante é a gente se olhar no espelho e gostar do que vê.
Pinheiros Como você se tornou associada do Esporte Clube Pinheiros?
Adriane – O Pinheiros sempre fez parte da minha vida. Passava na frente do Clube e sonhava entrar naquele portão, sonhava ser associada. Quando casei com o Alê (o empresário Alexandre Iódice) e entrei para a família, a primeira coisa que ganhei foi a carteirinha do Clube. O Alê é associado e os pais dele são associados remidos. Meu filho é associado desde o nascimento. Quando o Alê conta histórias da adolescência e juventude, a maioria tem como cenário o Pinheiros. É legal passar isso para o Vittorio, que é apaixonado pelo clube, assim como eu e o Alexandre. O Pinheiros faz parte das nossas vidas.
Pinheiros O seu filho treina Futebol. Ele começou no Pinheiros? Tem futuro em sua opinião de mãe coruja?
Adriane – O Vittorio gosta de Futebol e de Tênis. Ele sempre soube que fazer um esporte é tão importante quanto ir bem na escola. O Pinheiros tem essa coisa maravilhosa que é o CAD, que permite à criança descobrir e se identificar com uma modalidade. No caso do Vittorio, foram duas: ele treina Futebol e Tênis no Clube.
Pinheiros Você esteve recentemente na Hungria, terra dos seus avós maternos. Como foi esse reencontro com as origens?
Adriane – A Hungria é uma grata surpresa. Estive no país em 1993, com o Ayrton. Depois levei minha mãe, em 1997. E voltei agora, com o Vittorio e com o Alê. A Hungria está diferente e me emocionou. É um país de história sofrida, que passou por guerras, pelo comunismo e que vive uma espécie de recomeço, com orgulho das suas raízes e lutas. Recomendo muito o país. Quem estiver indo para a Europa deve colocar a Hungria no roteiro. O país é lindo, a culinária, riquíssima, e eles fazem um vinho típico, o Tokaji, que é simplesmente delicioso. Humm… Já deu vontade de voltar!
FOTOS: DIVULGAÇÃO
" alt="É destaque no Pinheiros">
" alt="Festejos de 126 anos">
" alt="Presente de aniversário que mira o futuro">
" alt="100 dias de gestão de André Fiore">
" alt="Queremos ouvir quem mais importa: Você">
" alt="O Pinheiros na palma da sua mão">
" alt="Clube cada vez mais tecnológico">
" alt="Veteranos">
" alt="Um dos cartões-postais do Clube em foco">
" alt="Pinheiros conquista o decacampeonato no Troféu Brasil de Atletismo">
" alt="Da base ao alto rendimento">
" alt="Rachão de gerações no ECP: Quando o jogo é só um pretexto para amizades">
" alt="“O Pinheiros faz parte da minha vida”">
" alt="Mindfulness, o antídoto à distração">
" alt="Sabores do Pinheiros">
" alt="Programação infantil">
" alt="Música">
" alt="Programa Mais Mulher">
" alt="Cinema">
" alt="Market Day – Edição Especial de Natal">
" alt="Cursos Culturais">
" alt="Dicas do Mês">
" alt="Esgrima">
" alt="Futebol">
" alt="Boliche 9 Pinos">
" alt="Natação Master">
" alt="Karatê">

