A olimpíada está em sua 32ª edição e, ao longo dos anos, vem consagrando atletas do mundo todo. Mas o maior evento esportivo do mundo também esteve atrelado a contextos históricos, políticos e sociais, que serviam de pano de fundo para as competições, incentivando mudanças na sociedade de diversas épocas.
Vários desses instantes ocorridos durante os Jogos e a preparação dos atletas foram eternizados em filmes e documentários que mostram histórias verídicas e apresentam imagens da época, criando uma memória coletiva com a sétima arte.
Separamos 10 produções que vão aproximar os pinheirenses de acontecimentos icônicos das olimpíadas.
Raça (Stephen Hopkins, 2016)
A cinebiografia conta a história esportiva de Jesse Owens, atleta negro americano que ganhou quatro medalhas de ouro nos Jogos de Berlin 1936, superando corredores arianos no contexto histórico do nazismo. O atleta impediu, assim, que os adeptos do regime “comprovassem” a superioridade da “raça ariana” vencendo as disputas da Olimpíada. A produção discute o tema do preconceito no esporte e mostra a tentativa dos nazistas de utilizar o maior evento esportivo do mundo como mecanismo de ascensão ao poder.
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Paratodos (Marcelo Mesquita, 2016)
O filme acompanha, durante quatro anos, a preparação de quatro equipes paralímpicas – Natação, Atletismo, Canoagem e Futebol – para os Jogos Rio 2016, mostrando o dia a dia e os desafios dos atletas. Para sair do lugar comum da superação da deficiência, o documentário aborda, também, questões humanas, como autoestima, esperança e companheirismo, além de contribuir para o debate sobre a inclusão social. O público se emociona com histórias de atletas como Alan Fonteles e Susana Schnarndorf.
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Mãos de urso (Cao e Tom Hamburguer, 2016)
Nesse documentário, Cao e Tom Hamburguer contam a história de um personagem fascinante: o massagista Luiz Carlos Souza, o Luisão, que trabalhou durante 31 nos bastidores de seis olimpíadas, de Atlanta 1996 a Rio 2016, contribuindo para o desenvolvimento físico dos esportistas. Ao revelar a trajetória do profissional, contando suas vitórias e desafios, a produção cinematográfica enaltece, também, a importância da atuação das equipes técnicas para o desempenho dos atletas nas competições.
Ouro, suor e lágrimas (Helena Sroulevich, 2015)
O Vôlei é o protagonista desse documentário, que conta a história da década mais vitoriosa das seleções brasileiras da modalidade, repleta de títulos nacionais e mundiais, além de medalhas olímpicas. Convivendo com atletas e técnicos como Bernardinho e Zé Roberto Guimarães, foi possível revelar o segredo do sucesso dos atletas das equipes masculina e feminina, de 2001 a 2012. A diretora Helena Sroulevich intercala imagens da época com entrevistas, momentos de bastidores e treinos, sem deixar de fora momentos polêmicos que também fazem parte da trajetória desse esporte no Brasil.
Ippon – A superação olímpica de Rogério Sampaio (Cavi Borges e Leonardo Mataruna, 2014)
O judoca Rogério Sampaio mostrou toda sua força e superação rumo à conquista da medalha de ouro na categoria meio-leve (até 65 kg) nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992. Após estar ausente de competições oficiais por quase três anos, o atleta teve que contornar o clima de desconfiança geral em seu desempenho no maior evento esportivo do mundo. Essa história, contada por diretores interessados no universo do Judô, mostra como Rogério transpôs os obstáculos e, com foco e treino, subiu ao lugar mais alto do pódio.
Mulheres olímpicas (Laís Bodanzky, 2013)
O documentário apresenta a conquista do espaço das mulheres no mundo esportivo, mostrando os obstáculos no caminho e traçando um paralelo com a história das mulheres na sociedade. Além da luta por direitos políticos e livre expressão, as brasileiras estavam tentando entrar no cenário dos esportes e marcar presença nas olimpíadas. A produção cinematográfica mostra os desafios da conquista desse espaço, narrando episódios como a primeira participação das atletas no maior evento esportivo do mundo, em Los Angeles 1932, e a conquista da primeira medalha, em Atlanta 1996.
João do voo: A história de uma medalha roubada (Sergio Miranda e Pedro Simão, 2013)
O atleta do Clube João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, tem episódios de sua história contados nessa produção cinematográfica. Nos Jogos de Moscou 1980, houve polêmica na disputa do salto triplo, devido à suspeita de favorecimento dos esportistas russos pelos juízes soviéticos. Vítima de uma das maiores fraudes das olimpíadas, o pinheirense perdeu a oportunidade de conquistar o ouro nessa edição. O documentário traça um panorama da carreira do atleta, com entrevistas com pessoas que acompanharam de perto a ascensão desse ídolo nacional.
Aída dos Santos: Uma mulher de garra (André Pupo e Ricardo Quintella, 2012)
A trajetória da atleta que fez história no Atletismo nacional é apresentada nesse documentário. Sem apoio e treinador e com tênis e uniforme próprios, Aída dos Santos conquistou o quarto lugar no Salto em Altura nos Jogos de Tóquio, em 1964. A esportista teve o melhor desempenho de uma brasileira na história das olimpíadas até Atlanta 1996, e contribuiu, também, com a luta feminista para conquistar mais espaço no mundo esportivo, já que foi a única representante mulher na delegação brasileira naquela edição.
Carruagens de fogo (Hugh Hudson, 1981)
Esse clássico sobre as olimpíadas não poderia ficar de fora da lista. O filme mostra a preparação da equipe de Atletismo da Grã-Bretanha para os Jogos de Paris 1924, contando, em paralelo, a história real de dois corredores, um judeu e um cristão. A produção uniu os temas Atletismo, obsessão e religião em uma história emocionante que se tornou um clássico. Carruagens de fogo conta com uma das cenas mais icônicas da sétima arte: os corredores em câmera lenta ao som de “L’Enfant”, do grego Vangelis, ao fundo.
Visions of eight (1973)
Oito cineastas de vários países apresentam sua visão sobre os Jogos de Munique 1972, cada um focando em um tema ou evento, para construir um panorama caleidoscópico daquela olimpíada. O documentário relata, também, o ataque terrorista em acomodações de equipes israelenses, organizado pelo grupo palestino Setembro Negro, que resultou na morte de 12 pessoas. Além de mostrar esse triste episódio e levantar questões políticas, o documentário revela o lado humano dos atletas e o espírito da competição.
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