Páginas da quarentena

O distanciamento social tem sido uma ótima oportunidade para intensificar ou criar o hábito da leitura

06/10/2020 06/10/20

Os livros acabaram se tornando fortes aliados neste período de pandemia. Para preencher o tempo, os associados têm se dedicado a desenvolver novos hábitos, e entre eles está o da leitura. As estantes dos pinheirenses têm agregado mais obras literárias, e os romances, contos e novelas, entre outros gêneros, se mostraram bons companheiros de isolamento social.

Conversamos com quatro associadas para descobrir como a leitura se transformou nessa época e aproveitamos para anotar indicações de livros para quem quer seguir pelo caminho das letras.

A associada Maria Cristina de Checchi tem paixão pela leitura e frequenta a Biblioteca do Clube desde os treze anos. O gosto pela literatura foi passado de geração em geração até chegar à pinheirense, que segue cultivando esse hábito. Maria aproveitou o isolamento social para obter mais conhecimento e colocar a leitura em dia e tem uma indicação.

“A sala das borboletas”, de Lucinda Riley, é ideal para quem busca romance e suspense. O livro mostra o drama familiar de abandonos, segredos, fracassos na vida profissional e decepções amorosas. Em meio a tantas desventuras, a estrutura da família se mantém e os parentes se ajudam a superar as adversidades da vida.

Maria Cristina de Checchi

Adriana Turri Joubert  participa do Clube de Leitura do ECP e adora debater os livros do mês com o mediador do evento, junto de colegas e amigos leitores. Desde o início da quarentena, a associada mergulhou em diversas obras literárias e comenta que é difícil escolher apenas uma para indicar, já que todas a encantaram e enriqueceram seus conhecimentos. Mas houve um livro que se destacou.

A autobiografia da ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, intitulada “Minha história”, conta sua trajetória na Casa Branca, mostrando exemplos de ética e retidão. É uma história que diz muito sobre esse momento em que o mundo discute e repensa preconceitos como o racismo. Michelle se tornou a porta-voz de tantas outras mulheres, e teve uma história inspiradora, que conta nesse livro imperdível.

Adriana Turri Joubert

Luiza Schenberg tem lido pelo menos um livro por semana durante a quarentena, para assim ter momentos de tranquilidade e esquecer um pouco os problemas atuais. Para ela, a leitura nos permite vislumbrar como era a vida cem anos atrás e refletir sobre o que fazemos de nossa existência hoje em dia. A associada recebeu a indicação desse livro de uma amiga e recomenda a todos os pinheirenses.

“A ridícula ideia de nunca mais te ver”, de Rosa Montero, é uma obra que considero muito bem escrita, abordando os temas do luto e da vida. A trama entrelaça duas histórias: a de Marie Curie, que perdeu o marido e escreveu diários para desabafar sua dor, e a da própria autora do livro, cujo companheiro também morreu em decorrência de um câncer. As consequências dessas perdas estão contadas nesse livro.

Luiza Schenberg

Nesse período Ana Maria Latarulla leu os livros indicados pelo mediador do Clube da Leitura. Das leituras feitas, uma que a impressionou muito foi A máquina parou, de E. M. Foster, um livro antigo, escrito em 1909, que apresenta uma realidade muito semelhante à que vivenciamos atualmente.

A narrativa nos mostra como as pessoas fogem da realidade, e, na leitura, temos a impressão de uma premonição, algo que acontecerá no futuro. A obra nos faz refletir sobre como as pessoas vêm se transformando com a tecnologia no decorrer dos tempos. Uma leitura interessante, que te deixará inquieto e te fará refletir sobre a vida.

Ana Maria Latarulla

LISTA DE INDICAÇÕES

A sala das borboletas, de Lucinda Riley