Palavra do Presidente do Conselho Deliberativo

Colho de primorosas lições, hauridas ao longo do tempo, que o exercício da governança define-se como sendo a arte de tecer elos entre iguais, promovendo a união e o respeito, na busca de um mesmo objetivo comum, qual seja, no âmbito de nossa comunidade associativa, a prevalência do Esporte Clube Pinheiros no altar de glória em que se encontra situado, há cerca de 122 anos.

Rejeito o confronto, digo mais, repilo-o, na medida em que somente serve para afastar as pessoas do sentimento maior que deve sempre prevalecer, qual seja, o da amizade.

Sustento e sempre o farei, independentemente da posição que porventura estiver investido, que o objetivo maior do Egrégio Conselho Deliberativo, Órgão de História, é tê-lo uno e unido, autônomo e independente, jamais submisso, a não ser aos ditames estatutários.

O Colegiado, Órgão representativo dos associados, pertence a todos nós, e, para continuar a exercer suas nobres atribuições, dispostas nos vinte e cinco incisos do artigo 76 do Estatuto Social, é mister que suas e seus Ilustres Integrantes observem que a divergência de opiniões se deve situar, apenas e tão-só, no campo das ideias, e é salutar que assim seja entendido, pois do eventual dissenso é que surge o consenso.

Até mesmo para se manifestar de acordo com determinado ponto de vista, imprescindível ouvir-se posicionamentos divergentes, porquanto é da essência dos parlamentos os debates travados, mas sempre de forma adequada e respeitosa.

Alhures já dissera e ora formalmente enfatizo: à Presidência cabe, apenas, a coordenação de iguais, mediante lhaneza no trato e, sobretudo, permitir àqueles legitimados pelo voto o exercício pleno da nobre investidura que lhes foi conferida de lídimos representantes da Sociedade Pinheirense.

Nada obstante e em que pese a liberdade de manifestação e de expressão do pensamento constituírem-se garantias constitucionais, não podem ser ilimitados, considerado o princípio de que inexiste direito absoluto, razão pela qual eventuais excessos devem ser sempre contidos, nos exatos limites legais.

Dignidade e respeito, como alhures já se enfatizou, são condições inafastáveis para a efetivação de um debate inteligente e proveitoso, sereno e equilibrado.

Digo-vos, com a experiência de mais de trinta anos exercendo, em sua plenitude, as elevadas atribuições de integrante do Colegiado Maior, dos quais seis anos no exercício da Presidência, caminhando para completar sete anos e meio, se assim ainda me for superiormente permitido, que somente chegaremos ao patamar que todos almejamos com a indispensável pacificação das diversas correntes políticas existentes e a vacina para tanto, que há muito se encontra à disposição de todos, bastando, para plena imunização, a prática do diálogo respeitoso e produtivo, tendo a verdade como norte e a grandeza de nossa Histórica Instituição como objetivo único, pois este é o interesse social que nos deve conduzir, afastando a intolerância.

Concluo com as palavras de Karl Popper: “Se não estivermos preparados para defender uma sociedade tolerante contra os ataques dos intolerantes, o resultado será a destruição da tolerância e dos tolerantes”.

A História de nossa Instituição revela a todas e todos que a conhecem a Entidade Modelar e que, de há muito, integra o patrimônio sócio, esportivo e cultural da Nação.

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O segundo domingo de agosto destina-se à comemoração do Dia dos Pais. Nesse sentido, peço licença para estender aos Pais Pinheirenses nossos cumprimentos, na certeza de que, mercê de seus atos e ações, são todos exemplos imorredouros aos seus filhos.

Com meus respeitos,