Por Dr. Carlos Alberto Ferreira, associado do ECP
Doença caracterizada por perda de massa óssea progressiva, silenciosa e incapacitante pode ser fatal
O início da perda de massa óssea se chama osteopenia. Diante de uma perda mais substancial, passa a se chamar osteoporose. No mundo, há cerca de 200 milhões de casos dessa doença considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um problema de ordem pública, além de 9 milhões de fraturas ósseas, em uma proporção aproximada de 70% nas mulheres e 30% nos homens.
Os locais mais frequentes das fraturas consequentes à osteoporose são quadril, cabeça de fêmur, vértebra, punho, antebraço e costela. Calcula-se que, atualmente, exista uma fratura a cada 3 segundos no planeta.
Os dados numéricos registrados nos revelam outros dados interessantes:
– Temos a doença em pessoas acima dos 50 anos, uma mulher a cada três, e um homem a cada cinco.
– Entre as mulheres com osteoporose, uma a cada três terá algum tipo de fratura, sendo que uma em cada quatro terá fratura de colo de fêmur.
As fraturas são de graus leve, moderado e grave. Entre essas, as fraturas de colo de fêmur são trabalhosas para recuperação, exigindo internações e mobilização e envolvendo profissionais da saúde das mais diversas áreas.
No Brasil, são 10 milhões de casos, com cerca de 14% de fraturas consequentes à osteoporose, e o número de internações é superior ao de internações causadas por diabetes, infarto ou câncer de mama.
Como amenizar essa situação? Realizando um exame simples, rápido, barato, indolor, sem preparo prévio e sem consequências: a densitometria óssea. Considerado padrão ouro e melhor método para detectar a osteopenia e a osteoporose, é realizado nas mulheres a partir dos 45 anos de idade, como forma de rastreamento.
Então a despesa seria um exame de densitometria óssea e uma consulta clínica com o resultado do exame, na qual a paciente receberia orientação médica para tratamento, incluindo alimentação adequada, atividades físicas, evitar a obesidade, sol pela manhã e outras, sendo bem orientada sobre as consequências dessa doença.
Indo direto ao ponto, diria: a detecção precoce da osteopenia e ou da osteoporose, após a realização da densitometria óssea, salva vidas.
Dr. Carlos Alberto Pecci Ferreira é membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e especialista em diagnóstico por imagem.
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