A conquista do quinto título veio de um jogo disputado, com um placar de 88 a 77, e o time buscou a virada a partir do último quarto, quando o São José estava com nove pontos de vantagem. O Pinheiros tomou o controle da partida e soube explorar as falhas do adversário.
A semifinal aconteceu contra o Paulistano, que estava invicto na competição e era favorito ao título. O ECP superou o adversário por 80 a 73 e avançou para a final.
A Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB) é o principal campeonato de base do Basquete no Brasil, e apenas jogadores de até 22 anos podem participar. A competição foi criada em 2011 e o ECP é o maior campeão, com cinco títulos, sendo quatro deles consecutivos (2015, 2018, 2019, 2021 e 2022).
Pela primeira vez, o Pinheiros foi sede do torneio, a partir da segunda etapa, trazendo um bom público que garantiu a torcida na arquibancada. O técnico Jhonatan dos Santos está no Clube há poucos meses e já havia conquistado o título de campeão do CBI, no Rio de Janeiro, com a equipe Sub-19.
Atletas que participaram da LDB 2022: Yan Djalo, Tiago Faria, Cauã Pacheco, Eric Donaldson, Gabriel Speranzini, João Victor Capela, Matheus Eugeniusz, Daniel Moreira, Jonas Buffat, Luiggi Fachin, Lucas Lima, Maicon Douglas, Jhonatan Godoi, Marcos Arambasic, Raul Risso, Ivan Neto, Agapy Santos e José Santana.
Resultados
1ª ETAPA
Mogi das Cruzes (Ginásio Prof. Hugo Ramos)
25/07: Mogi Basquete 61 x 82 Pinheiros
26/07: Pinheiros 68 x 61 São José
27/07: São Paulo 67 x 76 Pinheiros
29/07: Pato Basquete 40 x 83 Pinheiros
30/07: Pinheiros 88 x 45 Unifacisa
2ª ETAPA
Pinheiros (Ginásio Azul)
21/08: Pinheiros 85 x 57 Brasília
22/08: Praia Clube 72 x 85 Pinheiros
23/08: Pinheiros 83 x 60 Minas Tênis Clube
25/08: Flamengo 68 x 63 Pinheiros
26/08: Pinheiros 84 x 44 Campo Mourão
ETAPA FINAL
Pinheiros (Poliesportivo Henrique Villaboim)
26/09: Pinheiros 97 x 82 Praia Clube – Ginásio Azul
27/09: Bauru Basket 72 x 89 Pinheiros – Ginásio Azul
28/09: Pinheiros 69 x 78 Corinthians – Ginásio Azul
30/09: Paulistano 73 x 80 Pinheiros
(SEMI – Ginásio Henrique Villaboim)
01/10: São José 77 x 80 Pinheiros
(FINAL – Ginásio Henrique Villaboim)
Thelma Tavernari
A formadora de atletas
Thelma Tavernari é coordenadora de Basquete do Esporte Clube Pinheiros e treina as equipes Sub-15 e Sub-16. Já comandou a Seleção Brasileira e conquistou diversos títulos pelas categorias de base. Conheça um pouco do trabalho da técnica.
Thelma, o que é o Basquete para você?
O Basquete é tudo na minha vida.
Há 42 anos que eu trabalho com a modalidade, o Basquete é tudo.
Comente um jogo marcante da sua vida.
O jogo mais importante da minha vida foi no ano em que meu filho foi para a Seleção. A minha ansiedade era que um dia eu escutasse “é a mãe do Jonathan”, e não “é o filho da Thelma”. Esse foi o dia mais emocionante da minha vida.
Um desejo seu para a modalidade no Brasil.
Gostaria que todos, a CBB, a Confederação Paulista e a NBB, se unissem para que o Basquete fosse um só.
Uma coisa que poucas pessoas sabem sobre você.
Minhas maiores paixões na vida: meu filho, meu marido, meus netos e o Basquete.
Um recado para os atletas que você formou, que foram muitos.
Eu sempre disse para eles que o estudo vem em primeiro lugar. Quem não estuda, quem não tem formação, não vira jogador.
Diga uma expressão que você usa, que você sempre fala em quadra.
“Meu Deus, vocês são uns bananas.”
Qual é a importância de receber um campeonato desse porte aqui no Azulzinho?
Eu acho que é uma glória para o Esporte Clube Pinheiros e para os atletas mais novos, para eles verem a importância da formação. Ver todos os atletas que começam lá embaixo, com 10-11 anos, hoje chegando com 17-18 jogando num campeonato de 20, 21 e 22.
Como é trabalhar com a formação de atletas?
Eu amo trabalhar na formação, porque a maior realização de um técnico é ver o progresso de um jogador, perceber que ele está pronto, indo para um NCAA, para NBA, para a Europa… Acho que essa é a maior realização.
Falando de NBA, o Caboclo foi um dos que saíram direto do Pinheiros para o Draft. Como colocar na cabeça dos meninos que é um processo, e não somente chegar, jogar e para ir para NBA?
Hoje, o Caboclo ainda está sofrendo pela imaturidade, acho que ele não foi preparado. Acredito que o caminho é ir para o Estados Unidos, estudar, conhecer a realidade para depois pensar numa NBA.
E como é ver tantos atletas de volta no Azulzinho, que já foram para outros clubes, mas ainda estão disputando LDB aqui?
É uma alegria muito grande. Ver jogadores em todas as equipes que já passaram na minha mão, eu reencontrar e falar com eles. O Hudson, que está ao meu lado, foi jogador na Seleção comigo, então é uma satisfação, um presente.
FOTOS: MATHEUS TAHAN/ECP
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