BRASIL OPEN DE POLO AQUÁTICO
Equipes masculina e feminina venceram a competição nacional no feriado de Independência em piscina do rival Sesi-SP. Campanhas perfeitas e invictas marcaram as conquistas do Esporte Clube Pinheiros no Brasil Open de Polo Aquático, realizado no dia 07/09 na casa do rival Sesi-SP. A equipe feminina chegou ao pentacampeonato consecutivo na competição nacional, enquanto os homens se sagraram bicampeões do torneio, caracterizado pela permissão de se trazer reforços do exterior. A equipe masculina derrotou o Sesi-SP por 10 a 8 na final e mostrou que soube aproveitar o regulamento. Um dos contratados para o torneio, o italiano medalha de bronze nos Jogos Rio-2016 Alessandro Velotto, marcou três gols na decisão, chamou a responsabilidade da final e acabou como MVP do Brasil Open. O Pinheiros ainda contou com o norte-americano Ben Stevenson, da seleção dos Estados Unidos, e repatriou o capitão Gustavo Guimarães, o Grummy, que, neste ano, voltará a jogar na Itália. Para o treinador do time masculino e supervisor de polo aquático, Roberto Chiappini, os resultados superaram o que se esperava. “A gente sempre mantém uma expectativa alta, apesar da fase de reformulação das equipes. É a primeira vez que jogo o Brasil Open com atletas de outros países. As faltas de Egon (ex-goleiro), Rafael Vergara e Bruno Chiappini (ambos nos EUA) pesam. Temos de dar um voto de louvor ao jovem goleiro Pablo Souza (ex-Sesi). Os dois estrangeiros também cumpriram suas tarefas à risca.” O mvp Velotto, ao mesmo tempo em que competiu, se divertiu com a experiência pinheirense: “Pelo que vi nos treinos, considerei o Pinheiros como favorito. Na Europa, se treina e se joga muito mais, mas os clubes não têm a estrutura que temos no Brasil. O torneio foi muito divertido e o acolhimento que o time me ofereceu reforçou a motivação e a alegria de jogar”. Velotto retorna à Itália para defender o Pro Recco, atual bicampeão da Liga dos Campeões da Europa, visando os Jogos Paris-2024. A equipe feminina vem de cinco títulos seguidos no Brasil Open. Só não venceu a primeira edição, em 2016, quando foi vice após final com o Flamengo. Nesse domingo, as meninas se impuseram na final contra a ABDA – Associação Bauruense de Desportos Aquáticos. Em jogo equilibrado, venceram por 7 a 5, com cinco gols de Izabella Chiappini, artilheira do torneio com 19 marcados de um total de 52. Thatiana Pregolini foi a goleira menos vazada. O técnico do feminino, Ives Alonso, também jogador do masculino, deixou a piscina do Sesi com duas medalhas de ouro no peito. “A emoção é muito grande. As meninas já estão consagradas, mas continuam respondendo em alto nível. A renovação está sendo feita criteriosamente, graças ao Chiappini. Como atleta, aos 41 anos não posso mais assumir o protagonismo. Entro no jogo para dar mais confiança aos meninos. Fazer uma dobradinha na casa do Sesi é espetacular. A festa estava preparada para eles, mas foi nossa”, comemorou Ives, com todo respeito ao rival. No feminino, o Pinheiros repatriou Mariana Rogê, atleta do Clube, mas que atualmente treina e estuda na Califórnia. “Para as outras equipes, é difícil enfrentar o Pinheiros por causa da bagagem que as meninas têm. É muito legal eu ter oportunidade de acrescentar minha experiência em torneios importantes, mas agora me formei e terei de me dedicar mais ao trabalho”, observou Rogê, formada em economia com pós-graduação em finanças pela Universidade do Pacífico, em Stockton, enquanto disputava o Campeonato Universitário de Polo Aquático em paralelo.