Um passeio no Mini ZooUm passeio no Mini Zoo

Um passeio no Mini Zoo

Araras, papagaios e jabutis são alguns dos animais que há anos fazem a alegria e despertam a consciência ambiental

24/02/2021 24/02/21

Com quase 170 mil m² e 80 mil m² de área verde, o ECP recebe diariamente associados, atletas e funcionários. Mas só um grupo pode se orgulhar de morar nesse espaço: os animais do Mini Zoo.  Araras, papagaios, periquitos, calopsitas e jabutis estão há décadas no Clube e marcam presença no álbum da família pinheirense há várias gerações.

Os bichos já faziam a alegria das crianças quando o Clube ainda se chamava Germania. Onde hoje é a Piscina Lanchonete, havia um espaço destinado à criação de animais como cotias, antas, coelhos e até um pequeno veado. Alguns registros do surgimento do Mini Zoo pinheirense datam da década de 1930. 

Atualmente vivem no ECP quatorze araras: uma arara-vermelha, uma arara-azul, cinco araras-canindé e sete araras híbridas; dois papagaios, um ecletus e um verdadeiro; duas cacatuas-de-goffin; seis periquitos-australianos; quinze calopsitas e dezesseis jabutis, sendo dois jabutis-tinga e quatorze jabutis-piranga.

Para cuidar dessa turminha, o Clube conta com quatorze espaços, devidamente adaptados para atender as necessidades dos animais, e dois tratadores treinados, sendo um para o período da manhã e outro para o da tarde.

A alimentação é cuidadosamente selecionada, nutricionalmente balanceada, de acordo com cada espécie. No caso das aves, são servidos ração comercial encontrada no mercado para aves e um complemento diário de frutas, legumes e verduras. A ração é oferecida no período da manhã e as frutas, na hora do almoço. Todo o resto alimentar é retirado à tarde, evitando, assim, processos fermentativos e o aparecimento de roedores no local. 

Os jabutis também recebem atenção especial. As duas espécies que existem no Clube são marcadas através de sistema eletrônico (microchip) e/ou por anilhas numeradas. São animais onívoros, por isso se alimentam de praticamente qualquer substância orgânica.

Os alimentos dos jabutis são servidos em uma bandeja de aço inox projetada para que todos tenham acesso e não subam no alimento. O mesmo processo que é feito com as aves também é realizado com eles: as sobras são retiradas no final da tarde.

Além dos tratadores, que oferecem aos animais todos os cuidados diários, da alimentação à limpeza, um veterinário também supervisiona as operações.

A grande família

Vencendo as barreiras da diferença de espécies, Azulão (arara-azul macho) e Belinha (arara-canindé fêmea) formaram uma linda família que teve início no ano do centenário do Clube (1999), com a chegada de seus primeiros filhotes. Ninguém esperava a formação do casal, que dividia o mesmo espaço, já que a reprodução desses animais em cativeiro é considerada rara – de acordo com a literatura científica, esse é um sinal de que estavam bem adaptados ao ambiente.

A família cresceu, e hoje Bagunça, Bagunceiro, Morcegão, Leco, Neco, Bullo e a Pit, única fêmea entre os irmãos, são fruto desse encontro.

O Clube também tem um “vovô” entre as aves, o Pêpe, um papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva). De acordo com registros pinheirenses, o morador já está aqui há mais de 80 anos. Por ser um senhor, precisa de cuidados como controle de temperatura e alimentação balanceada, por isso não pode ser visitado pelos pinheirenses. A manutenção adequada é justamente o segredo para a longevidade desses animas criados em cativeiro: quando tudo está em harmonia, eles vivem muitos anos.

As aves pinheirenses habitam um viveiro com espaço suficiente para a movimentação das araras, além de áreas de abrigo e lonas laterais, que são esticadas à noite para protegê-las do vento. Além disso, o viveiro está estrategicamente localizado em meio a uma grande área verde e arborizada, ideal para os pássaros. O Clube ainda reforça que contemplar e conversar com as aves é um exercício benéfico para as duas partes, pois elas adoram interagir. Vale ressaltar, no entanto, que os visitantes devem respeitar as placas que pedem para “não alimentar os animais” e comunicar à segurança sempre que virem algo fora do normal, como um jabuti de ponta-cabeça. 

Você sabia?

  1. O nascimento dos primeiros filhotes de araras aconteceu nos dias 2 e 3 de novembro de 1999, e de lá para cá o Clube já soma sete araras híbridas. Outra curiosidade é que animais híbridos são estéreis.
  2. Em 2020, o Clube passou um período fechado devido à pandemia. Por isso o Mini Zoo recebeu atenção especial. Além dos cuidados de sempre, as rotinas de alimentação e limpeza e o carinho oferecido às aves foram reforçados, uma vez que os animais também sentem falta do contato humano.

FOTOS: DIVULGAÇÃO/ECP